Na manhã desta segunda-feira (25), a Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) realizou uma audiência pública para discutir os impactos ambientais do rebaixamento do lençol freático no Bosque da Barra. O evento contou com a participação de autoridades ambientais, representantes de órgãos de fiscalização, organizações da sociedade civil e empresas privadas, que abordaram as consequências dessa prática, que ameaça a vida silvestre, a qualidade ambiental e a segurança hídrica da região.

O deputado Jorge Felippe Neto, presidente da Comissão de Meio Ambiente da Alerj, destacou a importância do debate sobre os limites do desenvolvimento urbano na Barra da Tijuca e seus impactos ambientais. “Quem projeta um bairro planejado precisa fazer sondagens adequadas para que o desenvolvimento de uma área não prejudique outra. Precisamos evitar que situações como essa se repitam na Barra da Tijuca”, afirmou o parlamentar.

Durante a audiência, representantes do Instituto Estadual do Ambiente (INEA) e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMAC) apontaram que a obra da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da Iguá Saneamento, responsável pelo rebaixamento do lençol freático, foi um dos principais fatores do ressecamento de um lago na região. De acordo com os órgãos, a empresa não informou, no pedido de licenciamento, que a obra resultaria nesse rebaixamento, o que agravou os danos ambientais na área.
O deputado Jorge Felippe Neto também alertou para os riscos do crescimento urbano desordenado na Barra da Tijuca, mencionando os desafios urbanos e ambientais do novo Plano Diretor de 2024. “Precisamos evitar um avanço excessivo que já está impactando o cotidiano da cidade. Não podemos permitir que 5 milhões de pessoas morem na Barra da Tijuca. Isso seria insustentável”, destacou.