O Lago do Bosque da Barra, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, voltou a secar, apesar do recente bombeamento de água feito em caráter emergencial. A Iguá Saneamento, responsável pelo esgoto da região, tem sido criticada por falhas na gestão hídrica e falta de medidas efetivas para a preservação ambiental, o que gerou insatisfação entre ambientalistas e moradores. Especialistas apontam que ações paliativas são insuficientes para resolver o problema, sugerindo que a concessionária priorize medidas que garantam a sustentabilidade do ecossistema local.
Além do impacto visual e recreativo, o esvaziamento do lago ameaça a biodiversidade do Bosque da Barra e a saúde pública. O descumprimento de normas ambientais, como o tratamento adequado de esgoto e a gestão de recursos hídricos, representa riscos significativos ao meio ambiente e à população. A situação expõe a concessionária a possíveis sanções legais, além de comprometer a qualidade de vida dos moradores e visitantes da área.
COMISSÃO DA ALERJ CONVOCA AUDIÊNCIA PÚBLICA
Em resposta à situação, a Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ) convocou uma audiência pública para discutir as responsabilidades da Iguá Saneamento. O encontro será realizado no dia 25 de novembro, às 10h, na sala 1801 da ALERJ, reunindo representantes da concessionária, ambientalistas e autoridades para debater soluções e garantir o cumprimento das leis ambientais.
“Quando as leis ambientais são desrespeitadas, o povo que acaba pagando a conta. Essa é a lógica que temos que encerrar no Estado do Rio. Não pode imperar o caos e o descaso. Vamos colocar tudo em pratos limpos e dar voz a quem sofre diretamente com essas ações irresponsáveis”, disse o presidente da Comissão de Meio Ambiente da Alerj.
A participação pública é essencial para pressionar pela aplicação das leis ambientais e exigir que a Iguá Saneamento cumpra integralmente suas obrigações.